Desde cedo, ele mergulhou no idioma inglês por conta própria. Aprendeu lendo revistas importadas, ouvindo Elvis e traduzindo letras com o ouvido e o coração.
Chamado “Elvis Rock Club”, era mais do que admiração: era uma ponte entre Salvador e Memphis.
Diplomas, certidões, contratos... tudo pronto para sua próxima fase.
Com influências que iam de Beatles a Luiz Gonzaga, ele misturava rock, baião e filosofia, criando um som que ultrapassava qualquer fronteira linguística.
Raul adaptou clássicos do inglês para o português sem perder o espírito original. Transformava letras em mensagens que o público brasileiro sentia na pele.
Traduzia conceitos complexos — como liberdade, misticismo e crítica social — para uma linguagem acessível, poética e profundamente brasileira.
Uma frase que, se traduzida literalmente, pode soar estranha. Mas que em qualquer língua carrega a essência de alguém em eterna transformação.
E transformou “Do what thou wilt” em “Faz o que tu queres, pois é tudo da Lei”. Uma tradução que virou bandeira de uma geração inteira.
Onde se pudesse ser livre, pensar diferente, falar idiomas diversos e viver sem as amarras da burocracia ou da ignorância.
Raul sabia que entender outras línguas era entender outras culturas. Era abrir a mente para ideias que não cabem numa só gramática.
Gravaria álbuns multilíngues, faria turnês internacionais e ainda seria chamado de “Maluco Beleza” em vários sotaques e línguas diferentes.
Sua obra continua sendo lida, reinterpretada e traduzida por quem busca mais do que música: busca sentido em um mundo cada vez mais global.
Comece com sua cidadania ou seu visto: traduções e documentos em ordem.